CUIDANDO DA CRIANÇA EXPOSTA AO SOL
A incidência de câncer de pele vem aumentando ano a ano e sua principal causa é a exposição solar. O efeito da radiação é acumulativo; isso quer dizer que o sol que recebemos desde a infância até a idade adulta só irá mostrar seus efeitos em longo prazo, com o envelhecimento precoce e a possibilidade de surgir um câncer.
O principal fator de risco de câncer de pele é a radiação ultravioleta (UV) e a exposição precoce e intensa durante a infância.
Estão mais sujeitos aos efeitos danosos do sol as crianças de pele muito clara, de cabelos loiros, ruivos ou castanhos claros; de olhos claros; com história familiar de câncer de pele, ou ainda com sardas.
Cuidados com a exposição solar
Períodos longos de exposição ao sol ou períodos curtos sob um sol muito forte são perigosos. Cuidar do seu filho e controlar a exposição solar é fundamental. Por isso, aqui vão algumas dicas:
• Durante os seis primeiros meses de vida, o bebê não deve ser exposto diretamente ao sol. A partir dos seis meses e até o primeiro ano de vida ele pode pegar um pouco de sol, desde que antes das 10h ou depois das 16h. NUNCA deixe seu filho no sol nas horas próximas ao meio dia.
• Na praia, no clube ou na piscina, o bebê deve usar chapéu e vestir roupas adequadas, além de ficar a maior parte do tempo possível na sombra.
• Para as crianças maiores e adolescentes é recomendado também o uso de óculos de sol.
• A água, a areia, o cimento e a neve também refletem os raios solares e aumentam o risco de queimaduras.
• Os protetores solares contêm substâncias que absorvem e bloqueiam as radiações UV. A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que abaixo dos 6 meses sejam utilizados apenas protetores mecânicos como bonés, roupas, guarda-sol ou sombrinha. Existem tecidos que contêm substâncias capazes de filtrar a radiação UV e podem ser utilizados em bebês.
• Dos 6 meses aos 5 anos de idade, recomenda-se o uso dos filtros infantis, que geralmente contêm menos substâncias químicas capazes de induzir sensibilização da pele da criança. Costumam ser mais espessos e esbranquiçados ou rosados.
• O filtro solar ideal é o que protege da radiação UVA e UVB. Deve ter custo acessível, ser fácil de espalhar e resistir à água. Não existem filtros totalmente à prova d´água, e eles devem ser reaplicados regularmente depois que a criança sai da água, ou quando ela sua muito. Não se esqueça de secar bem a pele antes da reaplicação.
• Geralmente os filtros acima do número 15 protegem por até 2 horas, desde que aplicados em abundância.
• É importante não esquecer locais como as orelhas, o dorso dos pés, a região atrás dos joelhos e o rosto (evitando a área muito próxima aos olhos). Na região em torno dos olhos, no nariz e nos lábios, pode ser utilizado protetor em bastão.
• Camisetas de malha branca e tecidos molhados ou com tramas largas protegem menos. Lembre que existem tecidos que contêm substâncias fotoprotetoras e podem ser usados por crianças.
• Alguns medicamentos e alimentos podem causar reação quando em contato com o sol. Alguns antibióticos e antialérgicos, bem como suco de frutas cítricas e plantas leitosas são conhecidos por provocarem reações na pele.
Alguns conselhos úteis
• USE SEMPRE guarda-sol, bonés, viseiras ou chapéus. Cerca de 70% dos cânceres da pele ocorrem na face, proteja-a sempre. Não se esqueça de proteger os lábios e as orelhas.
• APLIQUE GENEROSAMENTE O FILTRO SOLAR 20 A 30 MINUTOS ANTES DE SAIR AO SOL. Este é o tempo necessário para a estabilização do protetor solar na pele, de modo que sua ação ocorra com maior eficácia.
• MORMAÇO TAMBÉM QUEIMA. Em dias nublados cerca de 40 a 60% da radiação solar atravessa as nuvens e chega à Terra; portanto, use filtros solares também nestes dias.
• FILTRO SOLAR SE USA DIARIAMENTE. Lembre que as luzes fluorescentes também emitem radiação ultravioleta e estão presentes nas salas de aula ou até mesmo em casa.
• A PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS É RESPONSABILIDADE DOS PAIS. Cerca de 75% da exposição solar acumulada durante a vida ocorre dos 0 aos 20 anos de idade.
Atuação Do Nutricionista Escolar
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria